1. O que é um acólito?
Acolitar significa acompanhar no caminho. O acólito é aquele
ou aquela que, na celebração da liturgia, precede, vai ao lado, ou segue o
Presidente da celebração da Missa, o diácono, o ministro extraordinário da Comunhão,
ou outras pessoas que precisam de ser ajudados durante a celebração. Ele também
é um “ministro”, isto é um servidor de Deus e dos irmãos.
2.
Acólito Instituído e Não Instituído
Chama-se “acólito instituído” àquele que o Bispo de uma
Diocese chamou e fez acólito. Esta qualidade permite ao acólito realizar o seu
serviço em qualquer paróquia em que se encontre, desde que convidado pelo
respectivo pároco.
O acólito instituído tem ao seu encargo: cuidar do altar,
ajudar o diácono e o sacerdote nas acções litúrgicas, tomar parte nas diversas
procissões da Missa e fazer o que for preciso, como levar a cruz,as velas, o
turíbulo, o incenso, preparar o altar e purificar os vasos sagrados depois da
Missa, ajudar a expor o Santíssimo à adoração dos Fiéis, e a repô-lo mas sem
dar a benção.
O acólito instituído também pode formar novos acólitos a
pedido do pároco.
O acólito não instuído é chamado pelo pároco a servir na
Missa.3. Como deve ser um Acólito
Para além de ser considerado uma boa pessoa, o acólito deve ter um grande desejo de servir ao Senhor, ao sacerdote e a toda a comunidade. Deve amar Jesus de todo o coração e desejar arduamente que toda a gente O conheça e O escute. Para ser um bom acólito – ministro do altar – é necessário ser:
- pontual no seu serviço;
- fiel ao seu compromisso;
- constante nas reuniões de grupo ou da comunidade;
- organizado, amável, piedoso e humilde.
4. Os serviços dos Acólitos na Missa de domingo
Antes de começar a Missa:
a)
Prestam todos os serviços ao Presidente
b)
Verificam se tudo está preparado para a
celebração
Ao começar a Missa:
c)
Na procissão de entrada um acólito leva a cruz
d)
Outros acólitos levam os círios acesos, o
turíbulo e a naveta
Durante a MIssa:
e)
Serve o Presidente em tudo o que for preciso
f)
Apresenta o missal e o que é preciso para
preparar o altar
g)
Acompanha o Presidente e os ministros
extraordinários na distribuição da Comunhão
h)
Arrumam os vasos sagrados na credência depois da
purificação
No fim da Missa:
i)
Acompanham o Presidente e ajudam-no a tirar as
vestes
j)
Só depois os acólitos tiram as suas túnicas e as
guardam
O ano litúrgico divide-se em 5 tempos:
a) Advento: significa “chegada”. Decorre nas 4
semanas antes do Natal.
b) Natal: significa “nascimento”. Começa a 24 de
Dezembro e termina do domingo depois da Epifania (Baptismo do Senhor), a 6 de
janeiro ou no domingo a seguir ao dia 1.
c) Quaresma: significa “dia quarenta antes da
Páscoa”. Começa na quarta-feira de Cinzas e termina na quinta-feira santa antes
da Missa da Ceia do Senhor.
a. Semana Santa: começa com o domingo da Paixão, ou
de Ramos, e termina ao começar o domingo de Páscoa. Abarca os últimos dias da
Quaresma e os dois primeiros dias do Tríduo Pascal.
d) Tríduo Pascal e tempo de Páscoa: significa “três
dias”, sexta, sábado e domingo de Páscoa. O tempo da Páscoa começa no domingo
da ressurreição do Senhor e dura 50
dias, até ao domingo de Pentecostes, em que celebramos a vida do Espírito
Santo.
e) Tempo comum ou ordinário: 33 ou 34 semanas, em
que não se celebra nemhum aspecto peculiar do mistério de Cristo.
a) Missal: contém as orações próprias da Missa e
assinala os ritos que se devem seguir para a celebrar.
b) Leccionário: onde se encontram as leituras
bíblicas.
a. Dominical: dividido em três ciclos, A, B e C,
segundo o evangelista que se lê em cada ano, respectivamente, S. Mateus, S.
Marcos e S. Lucas.
b. Ferial: contém as leituras das missas dos dias
da semana.
c. Santoral: contém as leituras para as celebrações
dos santos.
d. Missas diversas: contém as leituras para as
missas rituais, por motivos diversos, votivas e de defuntos.
c) Ritual: contém as celebrações dos distintos
sacramentos, excepto a missa, e também dos sacramentais.
d) Pontifical: contém as orações e os ritos para as
celebrações dos sacramentos e sacramentais reservados aos Bispos: confirmação,
ordem sagrada, benção dos santos óleos, benção dos abades e das abadessas,
consagração das virgens, instituição dos leitores e acólitos, e dedicação das
igrejas e altares.
e) Oração dos fiéis: de composição livre, que
recolhe distintos formulários para esta oração.
f) Liturgia das horas: contém as orações de toda a
igreja, salmos, leituras bíblicas, escritos dos Santos Padres, hinos e intercessões.
a)
Alva ou túnica
b)
Amito
c)
Estola
d)
Casula
e)
Dalmática
f)
Capa pluvial ou capa de asperges
g)
Umeral ou véu de ombros
h)
Roquete
i)
Insígnias episcopais: mitra, báculo, anel, cruz
peitoral e pálio
Branco – utiliza-se no tempo da Páscoa e do Natal; festas e
memórias do Senhor, excepto as da Paixão; festas e memórias da Virgem Maria,
dos Anjos e dos santos não mártires; na celebração dos sacramentos, excepção na
Penitência e na Unção dos doentes.
Vermelho – utiliza-se no domingo de Ramos e na sexta-feira
santa; no domingo de Pentecostes; nas celebrações da Paixão do Senhor; nas
festas dos Apóstolos e dos Evangelistas; e nas celebrações dos mártires.
Verde – utiliza-se no Tempo comum.
Roxo – utiliza-se no tempo do Advento e na Quaresma; nos
ofícios e Missas de defuntos; na Penitência na Unção dos doentes.
Preto – utiliza-se nas Missas de defuntos, embora em desuso.
Rosa – pode utilizar-se no 3º domingo do Advento e no 4º
domingo da Quaresma.
Azul – utiliza-se para as celebrações em honra da Virgem
Maria.
a) Cruz – abre as procissões litúrgicas
b) Castiçais – acompanham a cruz na procissão,
assim como o Presidente ou o Diácono na proclamação do Evangelho
c) Vasos sagrados – cálice, patena e píxide
d) Corporal – pano quadrado que o acólito leva da
credência para o altar para o Presidente estender sobre a toalha da mesa do
Senhor
e) Purificador ou sanguíneo – pequena toalha para
limpar o cálice e a patena
f) Lavabo ou lavandas – utensílios para lavar as
mãos
g) Pala – para cobrir o cálice
h) Galhetas – contêm a água e o vinho
i) Turíbulo – recipiente que serve para oferecer o
incenso. O acólito que leva o turíbulo chama-se turiferário. Incensa-se o
altar, o evangeliário, o sacerdote, a assembleia e a cruz.
j) Naveta – onde se leva o incenso, acompanhado de
uma colher.
k)
Hissope – para aspergir água benta
l) Caldeirinha – recipiente da água benta
m) Círio Pascal – acende-se na Vigília Pascal e
simboliza a luz de Cristo ressuscitado
n) Custódia – onde se coloca uma hóstia para
mostrar aos fiéis.
o) Pálio – dossel sustentado por 4 ou mais varas
longas, utilizado nas procissões para cobrir o sacerdote que leva a custódia.
p) Credência – pequena mesa onde se coloca o que é
preciso para a celebração.
a)
Sacristia
b)
Sala da igreja
c)
Presbitério: altar, ambão e presidência
d)
Baptistério
e)
Confessionário
f)
Capela do Santíssimo
6.
Os 4 momentos da Missa
Primeiro – ritos iniciais: começam na procissão de entrada e
terminam no Amen da oração da colecta. Têm 6 elementos: entrada; saudação; acto
penitencial; Senhor, tende piedade de nós; Glória; e oração colecta.
Segundo: Liturgia da palavra, em que Deus nos fala. Começa
na 1ª leitura e termina no Amén da oração dos fiéis. Tem 8 elementos: 1ª
leitura; Salmo responsorial; 2ª leitura; aclamação antes do Evangelho;
Evangelho; homilia; profissão de fé; e Oração universal.
Terceiro: Liturgia eucarística, em que Cristo nos dá o seu
corpo em alimento. Começa na preparação do altar e termina no Amén da oração
depois da comunhão. Tem 9 elementos: preparação do altar; apresentação dos
dons; oração sobre as oblatas; oração eucarística; oração dominical; rito da
paz; fracção do pão; comunhão; e oração depois da comunhão. Os 5 últimos
elemntos chamam-se ritos da comunhão.
Quarto: ritos de conclusão: começa na última saudação “o
Senhor esteja convosco” e terminam no “Graças a Deus”. Tem 4 elementos: notícias
breves; saudação e benção; despedida da assembleia; beijo no altar e procissão
de saída.
7.
O Acólito nos Ritos Iniciais
- Organização da procissão de entrada:
1. Acólito do turíbulo
2. Acólito da cruz + acólitos dos círios
3. Outros acólitos a par
4. Diácono ou leitor com evangeliário elevado
5. Concelebrantes
6. Presidente da celebração
- Junto do altar todos fazem inclinação profunda (se no
Presbitério houver Sacrário, todos genuflectem)
- Os acólitos colocam a cruz e os castiçãis junto do altar;
e o Diácomo ou leitor coloca o Evangeliário no centro do altar, ocupando os
seus respectivos lugares.
- Quando o Presidente diz “Oremos”, o acólito do Livro vai
buscar o Missal e apresenta-o aberto ao Presidente. Depois do povo dizer Amén,
o acóltico depõe o Missal no seu lugar.
- Os acólitos, quando sentados, devem colocar as mãos sobre
os joelhos.
- O acólito poderá acompanhar um leitor ou um salmista que
vá para o ambão.
- Após a 2ª leitura, o acólito retira o Leccionário do
ambão, para que o Presidente ou o Diácono lá possam colocar o Evangeliário.
- Os acólitos dos círios acompanham o Presidente ou o
Diácono na proclamação do Evangelho.
- Terminado o Credo, um acólito apresenta ao Presidente um
Livro de Oraçãos dos Fiéis aberto.
9. O Acólito na Preparação do Altar
- Alguns acólitos recolhem as ofertas da Assembleia, as
quais serão colocadas em local próprio e discreto, nunca em cima do altar
(Instrução Geral do Missal Romano, 73).
10.
O Acólito na Oração Eucarística
- Depois do sacerdote impor as mãos sobre o pão e o vinho, um acólito pode dar um toque de campaínha, sinalizando aos fiéis o início da consagração. Todos os acólitos se ajoelham sem se sentarem nos calcanhares. Na elevação da hóstia e do cálice, pode também ser tocada a campaínha.
- Depois da elevação do cálice, todos se levantam. O
sacerdote canta “Mistério da Fé” e os acólitos devem cantar com o povo.
- Os acólitos são um exemplo para a Assembleia, devendo
participar activamente em toda a Liturgia.11. O Acólito nos Ritos da Comunhão
- Durante a comunhão, cada ministro extraordinário poderá
ser acompanhado por um acólito, que levará uma bandeja.
- Terminada a comunhão, os acólitos voltam ao altar,
trazendo as bandejas que entregam aos ministros que vão purificar os vasos
sagrados.
- Depois da purificação, os acólitos recebem as patenas e os
outros vasos sagrados e levam-nos para a credência com ambas as mãos.
- No Oremos, o acólito do Livro apresenta ao Presidente o
Missal aberto.
12. O Acólito nos Ritos de Conclusão
- Ao chegar à Sacristia, todos fazem inclinação à cruz.
- Depois do Presidente e Diácono arrumarem as suas vestes, é
que os acólitos arrumam as suas.13. Incenso, Naveta e Turíbulo
a)
O turiferário deve chegar mais cedo que os
outros acólitos.
b)
Limpar o turíbulo.
c)
Colocar brasas acessas ou pastilhas de carvão no
incensador.
d)
Levantar um pouco a tampa e baloiçar o turíbulo
para alimentar a combustão.
e)
Sustentar o turíbulo com a mão esquerda,
apertando a extremidade superior das correntes, de modo a que o disco fique
apoiado no polegar e no indicador, e com a mão direita segura a naveta.
f)
Nunca pousar o turíbulo no chão.
g)
Entregar a naveta a outro acólito com a abertura
virada para o primeiro.
h)
Puxar para cima a argola com a mão direita, a
corrente que sustenta a tampa, de modo a que esta fique levantada cerca de um
palmo. Pega nas correntes com a mesma mão junto da parte superior da tampa, e
levanta o turíbulo até à altura devida, pousando sobre o peito a mão esquerda, que
sustenta a outra extremidade das correntes.
i)
O acólito da naveta apresenta-a ao celebrante
com a tampa aberta, para que ele possa colher incenso com a colher, benzendo-o
com o sinal da cruz.
j)
O acólito do turíbulo deixa descer a tampa de
modo a ficar bem adaptada ao queimador, passa a extremidade das correntes para
a mão direita, recebe a naveta com a esquerda e vai para a frente da procissão.
k)
Na ausência do Diácono, o acólito apresenta o
turíbulo ao celebrante, acompanhando-o na incensação, e depois incensa o
celebrante e o povo.
l)
Antes e depois da incensação, o acólito faz uma
inclinação profunda para a pessoa ou objecto a incensar ou incensado. A
incensação será feita com 3 ductos do turíbulo.
Sem comentários:
Enviar um comentário